O Fosso do Poder da IA se Amplia à Medida que a Divisão Global em Data Centers Cresce

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O Fosso do Poder da IA se Amplia à Medida que a Divisão Global em Data Centers Cresce

Tempo de leitura: 3 minuto

Um novo relatório revela uma crescente divisão global na infraestrutura de IA.

Está com pressa? Aqui estão os fatos rápidos:

  • Apenas 32 países possuem centros de dados de IA avançados, a maioria no Hemisfério Norte.
  • EUA, China e UE controlam mais da metade da capacidade computacional de IA global.
  • África e América do Sul possuem quase nenhuma infraestrutura avançada de IA.

Uma nova pesquisa mostra que 32 países, principalmente no hemisfério norte, possuem centros de dados necessários para desenvolver sistemas avançados de IA, enquanto o resto do mundo permanece sem tal infraestrutura.

Os Estados Unidos, juntamente com a China e a União Europeia, controlam mais da metade das instalações especializadas em IA do mundo, como descobriram os pesquisadores da Universidade de Oxford.

The New York Times relata como o CEO da OpenAI, Sam Altman, visitou recentemente um canteiro de obras de um centro de dados no Texas, avaliado em 60 bilhões de dólares, que opera a partir de sua própria usina de gás natural, e se estende além do tamanho do Central Park de Nova York.

Em contraste, o principal centro de IA da Argentina opera a partir de um pequeno espaço de sala de aula universitária. O professor de ciência da computação na Universidade Nacional de Córdoba expressou sua decepção quando disse: “Estamos perdendo”, conforme relatado pelo The Times.

“Às vezes eu quero chorar, mas não desisto. Eu continuo falando com as pessoas e dizendo: ‘Eu preciso de mais GPUs'”, acrescentou o professor.

O Times nota como essa distribuição desigual de poder computacional afeta todos os aspectos da pesquisa científica e das oportunidades de emprego. A ausência de poder computacional em certas nações leva à fuga de talentos, impede o desenvolvimento de startups, ao mesmo tempo que dificulta o progresso em IA.

O Times dá o exemplo da startup de IA Qhala no Quênia, onde a infraestrutura local é deficiente, os trabalhadores da startup de IA Qhala precisam sincronizar as operações com horas de baixo tráfego nas zonas de tempo dos EUA para acessar o poder computacional alugado no exterior.

Brad Smith, presidente da Microsoft, alertou: “A era da IA corre o risco de deixar a África ainda mais para trás”, conforme relatado pelo The Times.

O acesso a microchips poderosos, produzidos principalmente pela empresa americana Nvidia, emergiu como um fator crítico nas relações comerciais internacionais e na dinâmica de poder geopolítico. Os EUA negaram acordos essenciais de chips para seu aliado queniano, assim como para outras nações, conforme relatado pelo The Times.

Os países estão agora se esforçando para construir sua própria infraestrutura de IA. O Brasil prometeu $4 bilhões. A Índia e a UE lançaram grandes investimentos. Na África, a Cassava Technologies está abrindo um novo centro, apoiado pela Nvidia e Google, conforme relatado pelo The Times.

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