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A Lei Cibernética Aprovada no Japão Possibilita Resposta Antecipada a Ameaças
O Japão aprovou uma nova lei que permite ao governo tomar medidas ofensivas contra ataques cibernéticos antes que eles causem danos.
Está com pressa? Aqui estão os fatos rápidos:
- O Japão aprovou uma lei que permite ataques cibernéticos preventivos.
- A lei permite o monitoramento do tráfego estrangeiro que entra ou passa pelo Japão.
- Ações cibernéticas ofensivas requerem aprovação e supervisão prévias.
A Lei de Ciberdefesa Ativa, que recebeu aprovação parlamentar na sexta-feira, se tornará totalmente operacional até 2027, conforme relatado pelo The Japan Times (JT). Ela visa desenvolver capacidades cibernéticas japonesas que se equiparem ou superem as dos principais países ocidentais.
Sob a nova lei, autoridades, incluindo a polícia e as Forças de Autodefesa (SDF), podem realizar invasões preventivas de servidores em sistemas suspeitos de preparação para ciberataques. A nova lei permite que eles conduzam essas investigações antes que quaisquer ataques reais ocorram. Além disso, também concede às autoridades o poder de monitorar o tráfego de internet estrangeiro que passa pelo Japão.
Esta lei ajudará Tóquio a “‘igualar ou ultrapassar’ as capacidades cibernéticas ‘de grandes países europeus e dos EUA’”, disse o Secretário-Chefe de Gabinete Yoshimasa Hayashi, conforme relatado pelo The Record. Ele acrescentou que permitiria ao Japão “identificar e responder a ciberataques de forma mais rápida e eficaz.”
O Record nota que a medida segue uma série de incidentes de alto perfil, incluindo uma violação da agência de segurança cibernética do Japão em 2023, que durou nove meses. Relatórios de 2020 mostraram que hackers militares chineses comprometeram as redes de defesa do Japão, em um ataque cibernético que os especialistas rotularam como o mais destrutivo até o momento no país.
JT relata que, para abordar preocupações com a privacidade, a lei limita estritamente os dados que o governo pode examinar. A lei bloqueia conteúdo pessoal, como texto de email, enquanto monitora dados técnicos que consistem em endereços IP e padrões de ataque. Uma nova agência independente de fiscalização, estabelecida sob a Casa Civil, monitorará todas as operações, exigindo aprovação prévia para cada ação.
Os funcionários que fazem uso indevido de dados receberão uma pena máxima de quatro anos de prisão, juntamente com uma multa de ¥2 milhões ($13,760), conforme relatado pelo JT. A lei também incentiva a cooperação com empresas privadas e exige que os negócios relatem incidentes cibernéticos e o uso de certos dispositivos de comunicação.