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Modelo de Inteligência Artificial Latino-Americana Latam-GPT Será Lançado em Setembro
As desenvolvedoras do Latam-GPT anunciaram nesta terça-feira que vão lançar o primeiro modelo de linguagem de inteligência artificial de grande porte focado na cultura latino-americana em setembro. O sistema de IA será capaz de entender nuances linguísticas e diferenças culturais.
Com pressa? Aqui estão os fatos rápidos:
- O Latam-GPT será lançado em setembro e compreenderá nuances linguísticas e diferenças culturais na América Latina.
- O projeto é de código aberto e liderado pelo CENIA do Chile, com apoio de 30 organizações regionais.
- Baseia-se no Llama 3 da Meta e foi treinado usando tecnologia regional.
De acordo com a Reuters, o projeto de IA é de código aberto e liderado pela instituição chilena Centro Nacional de Inteligência Artificial (CENIA), em colaboração com outras 30 organizações da região.
O sistema de IA é baseado no Llama 3 da Meta—o grande modelo de linguagem de código aberto da gigante da tecnologia lançado no ano passado—e foi treinado em sistemas regionais e redes baseadas na nuvem, como a Universidade de Tarapacá do Chile.
A ministra da Ciência chilena, Aisén Etcheverry, vê este projeto como “um elemento democratizador para a IA” que pode ser aplicado em hospitais e escolas. Espera-se que o modelo entenda e preserve línguas indígenas como o Rapa Nui, língua nativa da Ilha de Páscoa, para a qual já foi desenvolvido um tradutor.
O projeto, anunciado em janeiro de 2023, visa proporcionar às populações da América Latina acesso a sistemas de educação personalizados e serviços públicos em suas línguas nativas.
Empresas e organizações como Amazon Web Services e o banco de desenvolvimento regional CAF apoiaram o projeto, mas os desenvolvedores do Latama-GPT esperam atrair mais atenção e colaboradores.
O chefe da CENIA, Alvaro Soto, espera que, uma vez que possam demonstrar as capacidades da tecnologia, mais financiamento virá a seguir.
De acordo com o jornal espanhol La Vanguardia, o novo modelo de inteligência artificial nasce para fortalecer a diversidade e se diferenciar dos modelos avançados desenvolvidos no hemisfério norte, que se concentram na língua inglesa e nas culturas dominantes.
“Ao contrário do que foi feito em qualquer outra parte do mundo, este modelo estudou tudo o que é relevante para a América Latina”, disse Álvaro Soto, diretor do CENIA. “Ele leu tudo o que pôde sobre nossa história, política, economia e nossa cultura mais ancestral, e isso lhe confere uma marca distintiva.”
No momento, 12 países estão envolvidos no projeto, e os organizadores esperam que mais nações e instituições participem. Eles pretendem manter o projeto em código aberto e desejam que ele sirva como plataforma para empreendedores e organizações desenvolverem novas tecnologias na região.
“A ideia é que, com base neste modelo, diferentes atores e empreendedores de nossa região possam construir aplicações específicas que podemos usar, por exemplo, em nossas escolas ou sistemas de justiça”, explicou Soto.