A IA poderia ajudar a decodificar a comunicação das baleias e impulsionar a conservação?

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A IA poderia ajudar a decodificar a comunicação das baleias e impulsionar a conservação?

Tempo de leitura: 3 minuto

Pesquisadores estão usando a inteligência artificial para analisar os complexos sons de cliques feitos por baleias, com a esperança de entender melhor sua comunicação e impulsionar os esforços de conservação.

Está com pressa? Aqui estão os fatos rápidos:

  • O Projeto CETI usa IA para decodificar a comunicação das baleias cachalote.
  • Pesquisadores do MIT identificaram centenas de codas de baleia distintas com padrões complexos.
  • Alguns especialistas duvidam que os cliques das baleias formem uma linguagem com significado claro.

As baleias cachalote produzem padrões de cliques chamados “codas”, que as ajudam a identificar indivíduos e grupos sociais. De acordo com uma publicação da ONG Sierra, Shane Gero, um biólogo que estuda baleias cachalote perto de Dominica desde 2005, disse: “Cada um desses animais é um ser próprio […] São indivíduos únicos.”

Sua equipe recentemente observou um raro nascimento, destacando a importância dos laços sociais desses animais.

Em 2020, Gero se juntou ao Projeto CETI (Cetacean Translation Initiative), uma organização sem fins lucrativos focada em usar IA e tecnologia para decodificar os sons das baleias. David Gruber, fundador do CETI, explicou: “Sentimos que estamos em busca de inteligência inter-terrestre”, conforme relatado pela Sierra.

O projeto coleta dados através de microfones subaquáticos, drones e etiquetas de ventosa que registram não apenas sons, mas também dados fisiológicos. Gruber observou, “O melhor som que obtemos é quando [o dispositivo] está bem sobre a baleia”, relatou Sierra.

Um estudo de 2024 do MIT liderado por Daniela Rus identificou centenas de codas distintas, revelando que as baleias organizam esses sons de maneiras complexas e regidas por regras. Rus descreveu isso como “um passo importante para entender [codas] como um verdadeiro sistema semelhante a uma linguagem”, de acordo com Sierra.

No entanto, alguns especialistas permanecem cautelosos ao interpretar os cliques como linguagem. Luke Rendell, um biólogo da Universidade de St. Andrews, disse: “A menos que cheguemos ao significado, não importa se parece com linguagem ou não”. Ele sugeriu que os cliques poderiam ter funções sociais semelhantes à música ou comportamento de grupo coordenado, conforme observado por Sierra.

Apesar das opiniões divergentes, há consenso sobre a necessidade de proteger as baleias cachalotes e seus habitats. Sierra relata que Rendell afirmou: “Eles vão dizer, ‘Parem de nos matar.’ Eles vão dizer, ‘Parem de nos poluir.’ Eles vão dizer, ‘Fiquem quietos por um tempo.’”

Em 2025, Sierra informa que Dominica estabeleceu a primeira reserva mundial para baleias cachalote, uma iniciativa apoiada em parte pelo trabalho da CETI.

Daniela Rus concluiu: “Ainda não entendo o que eles estão dizendo – mas aprendi a respeitar que eles estão dizendo algo, e isso muda tudo.”

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